Sarampo, o que a escola precisa saber?

Em 2016 o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Porém, atualmente o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas.

Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação (quando o vírus é adquirido no exterior) foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.

São Paulo registrou no mês de maio de 2019 o primeiro caso autóctone (quando o vírus é adquirido do próprio território) sendo que desde 2015 não havia mais notificação desse tipo de contaminação. Em todos esses casos as pessoas não eram vacinadas segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE).

O registro autóctone aumenta o nível de alerta porque é o primeiro indício de que o vírus já pode estar circulando na cidade.

Conforme dados divulgados nos últimos dias, os casos importados somam 20 registros em São Paulo, com 19 deles procedentes de um surto em um navio de cruzeiro em Santos e um caso importado da Europa.

Outros 3 casos ocorreram em Santa Catarina, sendo todos procedentes de surto da doença em um navio de cruzeiro em Santos, 1 no Rio de Janeiro (do mesmo navio) e 1 em Minas Gerais, importado da Europa.

Por que é tão importante prevenir o sarampo?

Segundo Dr. Gabriel Oselka, médico, professor de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo:

O sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas de que se tem notícia. Introduzido num domicílio, o vírus certamente irá infectar todas as pessoas que não tomaram a vacina nem tiveram a doença.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS):

Os casos de sarampo registrados no mundo tiveram alta de 300% em 2019. Segundo dados dos três primeiros meses do ano, já foram reportados 112.163 casos da doença em 170 países diferentes. Em 2018, foram 28.124 casos no mesmo período em 163 países. Em relação à faixa etária, a maior taxa de incidência da doença está concentrada entre crianças de seis meses a quatro anos de idade.

Apesar de o sarampo ter deixado de ser um problema de saúde pública no nosso país, continua sendo potencialmente uma ameaça, se não mantivermos as coberturas vacinais permanentemente elevadas. Enquanto houver casos da doença no mundo, corremos o risco de importar o vírus.

Para a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), a vacinação contra o sarampo resultou em uma queda de 80% no número de mortes por sarampo entre 2000 e 2017 no mundo evitando cerca de 21,1 milhões de mortes, tornando a vacina contra o sarampo um dos melhores investimentos (best buys) em saúde pública. Mesmo assim, a doença continua sendo uma das principais causas de morte entre crianças pequenas em todo o mundo.

Quando haverá nova campanha de vacinação contra o sarampo?

O Ministério da Saúde está preparando uma campanha de vacinação extra contra o sarampo e São Paulo será uma das cidades a receber.

A previsão é iniciar a imunização a partir de 10 de junho.

O grupo prioritário desta campanha será divulgado no dia 10, por enquanto não há detalhes publicados nos veículos de comunicação do Ministério da Saúde.

Atualizaremos a página com essas informações quando estiverem disponíveis.

Quando a vacinação de bloqueio de surto é recomendada?

Diante de surtos, a vacinação de bloqueio é fundamental para seu controle, e deve ser iniciada o mais rápido possível (preferencialmente até 72 horas após o contato).

Por isso é importante a notificação dos casos suspeitos, pois só com essa informação as medidas de bloqueio poderão ser instituídas.
Em situações de surto ou de contato com pessoa com suspeita de sarampo, lactentes a partir de 6 meses deverão ser vacinados. No entanto, essa dose não deverá ser considerada como válida, e esses lactentes precisarão receber as doses dos 12 e 15 meses de idade.

Campanha pública de vacinação: quando é necessário revacinar para o sarampo?

No Brasil, há uma cobertura vacinal não homogênea entre crianças menores de 5 anos.

Atualmente a maioria dos casos notificados estão nesse grupo, por isso a saúde pública tem como estratégia, a vacinação em massa com prioridade para os menores de 5 anos.

Nessas situações, para que o êxito da campanha contra o sarampo seja alcançado, a vacinação de menores de 5 anos deve ser indiscriminada e considerar dose adicional da vacina para aqueles com registro de duas doses da tríplice viral (desde que a última tenha sido aplicada há mais de 30 dias).

Não há riscos em receber nova dose de vacina para controle do surto da doença, desde que respeitado o limite superior a 30 dias desde a última dose. Esta medida permite reduzir o risco de possíveis falhas primárias e proporcionará a proteção adequada da população.

A vacina contra o sarampo é eficaz, segura e provoca pouca reação. Foi lançada na década de 1960 e começou a ser utilizada mais amplamente no Brasil, no começo da década de 1970.

É produzida com vírus atenuado, isto é, o vírus é manipulado e enfraquecido em laboratório. Embora continue a ser um vírus vivo, perde a capacidade de transmitir a doença e garante proteção permanente, isto é, para toda a vida.

O sarampo ainda é uma doença endêmica (que ocorre habitualmente no local) especialmente na África. Segundo a OMS, provavelmente 500 mil crianças, talvez mais, morrem todos os anos no mundo por causa do sarampo e suas complicações. Por isso, é grande o esforço da própria OMS, dos países e de muitas ONGs para aumentar as coberturas vacinais.

Por que a vacinação contra o sarampo é tão importante?

Segundo a Organização Mundial de Saúde:

Retomar os níveis de cobertura vacinal que eram obtidos antes de 2016 é urgente para órgãos de saúde no Brasil. A baixa cobertura é apontada como um dos fatores responsáveis pela epidemia de sarampo que atingiu, em 2018, oito Estados brasileiros. A volta do sarampo também conta para o aumento da mortalidade infantil. Apenas neste ano, a circulação do vírus levou a óbito seis crianças, sendo cinco menores de 1 ano de idade

A imunização deve ocorrer pelo menos em 95% da população em todos os municípios com a primeira e a segunda dose da vacina.

A vacinação contra o sarampo é perigosa?

Temos que tomar muito cuidado com o que escutamos e lemos principalmente na internet. Segundo o presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) Dr. Marco Aurélio Sáfadi:

Os movimentos antivacinas, motivados por informações falsas (fake news), associando de maneira leviana doenças crônicas às vacinas e atribuindo a elas eventos adversos inexistentes, tiveram papel relevante na queda de cobertura

O que é o sarampo?

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade.

Como o vírus do sarampo é muito agressivo, acaba comprometendo o sistema imune das pessoas que, consequentemente pode evoluir para complicações infecciosas contribuindo para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.
Em algumas partes do mundo, a doença é uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de 5 anos de idade.

O agente envolvido na causa da doença é o vírus que pertence ao gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae.

O que pode causar o sarampo?

Não há uma causa específica para o sarampo. O vírus continua circulando por não termos uma população completamente imune.

Os surtos de sarampo ocorrem devido a fluxos de pessoas suscetíveis, ou seja, que não foram vacinadas e à diminuição da cobertura vacinal nos últimos anos.

Como ocorre a transmissão do sarampo?

A transmissão do sarampo ocorre através de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar e geralmente na fase em que a pessoa apresenta febre alta.

A transmissão ocorre de 4 a 6 dias antes e até 4 dias após o aparecimento do exantema (manchas vermelhas no corpo).

O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. Evitar aglomerações em lugares públicos e em pequenas residências pode evitar a transmissão da doença.

No mundo globalizado, em 24 horas uma pessoa viaja de um lado ao outro do mundo. Se estiver com sarampo, levará o vírus junto. Por isso, manter a vacinação em dia – a de sarampo e todas as outras indicadas para a sua idade é fundamental.

Quais são os sinais e sintomas do Sarampo?

  • Febre alta, acima de 38,5°C
  • Dor de cabeça
  • Manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo (exantema)
  • Tosse
  • Coriza
  • Conjuntivite
  • Manchas brancas que aparecem na mucosa bucal (sinal de koplik) que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas

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Sarampo o que a escola precisa saber

EXANTEMA: manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo. Fonte: NSW GOVERNMENT, 2019

As manifestações clínicas apresentadas acima são divididas em 3 períodos:

Período de infecção: dura cerca de sete dias:

  • Febre
  • Tosse seca
  • Coriza
  • Conjuntivite e fotofobia
  • Manchas vermelhas iniciando atrás da orelha (do 2° ao 4° dia)

Período de Remissão: caracteriza-se pela diminuição dos sintomas:

  • Declínio da febre;
  • A erupção na pele torna-se escurecida e, em alguns casos, surge descamação fina, lembrando farinha

Período toxêmico:

Como o sarampo é uma doença que compromete a resistência (imunidade) do hospedeiro, facilita a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana.

Por isso, são frequentes as complicações, principalmente nas crianças até os dois anos de idade, em especial as desnutridas e adultos jovens.

O período de incubação (tempo que leva entre o contágio e o aparecimento dos primeiros sintomas) varia entre 10 e 18 dias.

Em média, no final da segunda semana após o contágio, começam a aparecer as manifestações da doença (febre e sintomas respiratórios) e 2 ou 3 dias depois, a erupção cutânea característica.

Sarampo o que a escola precisa saber

Qual é o tratamento para o sarampo?

Não existe tratamento específico para o sarampo, somente para os sinais e sintomas.

A administração da vitamina A é recomendada em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda administrar no mesmo dia do diagnóstico nas seguintes dosagens:

  • Crianças menores de seis meses de idade – 50.000 Unidades Internacionais (U.I.): uma dose, em aerossol, no dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
  • Crianças entre seis e 12 meses de idade – 100.000 U.I: uma dose, em aerossol, no dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
  • Crianças maiores de 12 meses de idade – 200.000 U.I.: uma dose, em aerossol ou cápsula, no dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
  • Os suplementos de vitamina A demonstraram reduzir em 50% o número de mortes por sarampo.

Para os casos sem complicações deve-se:

  • Manter a hidratação
  • Fazer uma alimentação saudável
  • Diminuir a febre
  • Muitas crianças necessitam de quatro a oito semanas, para recuperar o estado nutricional que apresentavam antes do sarampo. As complicações como diarreia, pneumonia e otite média, devem ser tratadas de acordo com normas e procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
  • O tratamento profilático com antibiótico é contraindicado

Importância do repouso:

Além de todos os cuidados, uma pessoa que está com sarampo deve ficar de repouso por todo o período de infecção, pelo menos até quatro dias após o aparecimento das manchas, que é quando a transmissão pode ocorrer de maneira mais fácil. Nos casos de complicações, o médico pode estender o período de repouso.

Como prevenir o Sarampo?

A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. Conheça o esquema vacinal:

  • Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade: uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses de idade (tetra viral).
  • Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente: duas doses da vacina tríplice
  • Adolescentes e adultos até 49 anos:
    Pessoas de 10 a 29 anos – duas doses da vacina tríplice
    Pessoas de 30 a 49 anos – uma dose da vacina tríplice viral

Quem já tomou a vacina contra o sarampo precisa tomar nova dose?

Quem já tomou duas doses durante a vida, da tríplice ou da tetra, não precisa mais receber a vacina. Exceto durante as campanhas, quanto um novo surto for identificado, neste caso será recomendada a revacinação de alguns grupos.

Quem não lembra se tomou a vacina contra o sarampo, deve tomar nova dose?

Se não há comprovação de vacinação nas faixas indicadas, as crianças devem ser vacinadas. A criança sem confirmação de qualquer dose deve receber duas doses, com intervalo mínimo de um mês. Não há risco para a saúde. A caderneta de vacinação é um documento pessoal muito importante e deve ser guardada por toda a vida. Acesse aqui o calendário vacinal.

Quais são as contraindicações da vacinação contra o sarampo?

  • Casos suspeitos de sarampo;
  • Gestantes – devem esperar para serem vacinadas após o parto. Caso esteja planejando engravidar, é preciso assegurar-se de estar com a proteção adequada, o que pode ser identificado por um exame de sangue. Se não estiver imune, deverá ser vacinada um mês antes da gravidez.
  • Menores de 6 meses de idade.
  • Pessoas com o sistema imunológico comprometido

Quais as possíveis reações à vacina?

  • Febre
  • Coriza
  • Tosse leve
  • Exantema (manchas vermelhas pelo corpo) que pode ocorrer entre o 4º e 12° dia em 20% dos vacinados

Um grande Mito

Antigamente, havia a crença de que a doença era benigna em crianças e, por isso muitas mães faziam questão de que seus filhos fossem contagiados logo cedo.

Antes da vacina, as complicações provocavam a morte de mais de 2 milhões de crianças por ano, devido a depressão imunológica causada pelo vírus, predispondo as complicações bacterianas e virais.
De acordo com o médico Dr. Gabriel Oselka:

O sarampo em adolescentes e adultos tende a ser mais grave. No entanto, devido a fragilidade do sistema imunológico nas crianças pequenas, particularmente nas que têm menos de 1 ano, a gravidade é maior do que em crianças maiores

Quais as complicações do Sarampo?

  • Infecções respiratórias
  • Otites
  • Doenças diarreicas
  • Doenças neurológicas

As complicações do sarampo podem deixar sequelas, tais como:

  • Diminuição da capacidade mental
  • Cegueira
  • Surdez
  • Retardo do crescimento
  • O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos

Atenção a febre persistente:

A ocorrência de febre, por mais de 3 dias, após o aparecimento do exantema (mancha vermelha), é um sinal de alerta, podendo indicar o aparecimento das complicações.

Como é realizado o diagnóstico do Sarampo?

O diagnóstico do sarampo é realizado através de exames de sangue para a detecção de anticorpos, na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até 4 semanas após o aparecimento do exantema e da avaliação clínica do médico.

Sempre que possível, é imprescindível colher amostras de sangue de casos suspeitos no primeiro atendimento.

Durante a avaliação clínica, será confirmado se a febre tem no mínimo 3 dias e se há a presença de pelo menos um dos seguintes sintomas:

  • Tosse
  • Coriza
  • Conjuntivite
  • Manchas brancas no interior da boca (manchas de Koplik), que geralmente aparecem dois dias antes da coceira característica do sarampo

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O que a escola pode fazer para prevenir o sarampo?

As crianças que frequentam creches e escolas têm risco aumentado de adquirir infecções, devido aos hábitos que facilitam a transmissão de doenças como levar as mãos e objetos à boca, contato interpessoal muito próximo, uso de fraldas, imaturidade do sistema imunológico e vacinação incompleta.

A importância de incentivar e acompanhar a vacinação dos alunos:

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), na admissão de uma criança na instituição, seu cartão de vacinas deve ser apresentado, conferido e uma cópia arquivada na pasta individual do aluno. O cartão deve ser conferido a cada seis meses. Caso a criança tenha restrição ao uso de alguma vacina, a família deve apresentar justificativa por escrito.

Caso as vacinas não estejam atualizadas, a família deve ser orientada a levar a criança ao Centro de Saúde para que as vacinas preconizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) sejam aplicadas de acordo com a idade, evitando a contaminação das crianças e disseminação de doenças contagiosas.

As equipes de saúde e os educadores das instituições escolares precisam se organizar para acompanhar a cobertura vacinal das crianças de sua região. É essencial uma integração da instituição educacional com a unidade básica de saúde da região, auxiliando e reforçando o trabalho desenvolvido pelos educadores.

As escolas poderão utilizar seus meios de comunicação, como as redes sociais, para divulgar as campanhas sobre vacinação e contribuir com a disseminação desta informação.

Quando a escola deverá notificar a Unidade Básica de Saúde?

Diante da ocorrência de mais de um caso de uma doença transmissível na instituição, no mesmo período (intervalo de 15 dias), o responsável pelo estabelecimento deve comunicar a Unidade Básica de Saúde referência da região ou a Vigilância Epidemiológica, bem como os pais para que se atentem aos sinais e sintomas da doença.

Outras recomendações para escolas:

  • Manter a criança em sala separada quando houver suspeita da doença e contatar seu responsável para buscá-la.
  • Orientar a família para procurar o médico para o tratamento específico.
  • Divulgar uma circular com informações básicas sobre a doenças, sua prevenção, sinais e sintomas e como os pais deverão contribuir para prevenção.

Modelo de circular sobre sarampo (para enviar aos familiares dos alunos) –> acesse aqui


  • Sempre orientar os pais quanto à importância da atualização da carteira de vacinação e se atentarem às campanhas de vacinação.
  • Além da orientação aos pais, os educadores podem fazer um acompanhamento/verificação da carteira de vacinação da criança com o objetivo de identificar as vacinas faltantes. Como nem toda a equipe escolar conhece o calendário de vacinação, recomenda-se solicitar auxílio ao serviço de saúde, como a Unidade Básica de Saúde referenciada da escola.
  • Manter o ambiente escolar sempre bem arejado e limpo, com protocolos de higienização dos diferentes espaços bem descrito e implantado.
  • Orientar os pais para que comuniquem à escola um caso confirmado, para que protocolos sejam acionados (protocolo de controle de surtos, notificação dos demais familiares, comunicação com a equipe de saúde e Unidade Básica de Saúde, entre outras providencias).
  • Intensificar a higienização das mãos de toda a equipe, familiares e alunos, essa é uma medida simples e de extrema importância para prevenção de doenças.

Confira o vídeo com o passo-a-passo da higienização das mãos (cantada) para ensinar as crianças na escola

  • Orientar as crianças a higienizar as mãos antes e após as refeições e após a utilização do banheiro.
  • Permitir o retorno da criança após avaliação do serviço de saúde ou atestado médico.
  • Manter as unhas cortadas dos colaboradores e das crianças.
  • Troca de roupa pessoal diariamente (colaboradores e alunos).
  • Manter uso individual de utensílios de higiene (como toalhas e roupas).
  • A criança deverá permanecer afastada da escola até completar o tratamento.
  • Orientar os colaboradores da escola sobre os sinais e sintomas da doença em questão, para que possam identificar precocemente um caso e alertar os familiares da criança.
  • Intensificar a limpeza de móveis, brinquedos, camas, colchões, maçanetas com produtos adequados, detergentes e água, ou ainda álcool 70%, conforme protocolo estabelecido pela Anvisa/Covisa.

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  • Manter rigorosa higiene durante as trocas de fraldas, que inclui colocação e retirada adequadamente de luvas, e sua substituição a cada troca de fraldas (quando utilizada). Realizar a higienização das mãos com técnica adequada antes e após a troca de cada fralda.
  • As fraldas devem ser descartadas em recipiente adequado com tampa.
  • Proceder a higienização das mãos das crianças após a troca de fraldas, conforme recomendação da Academia Americana de Pediatria.
  • Durante o período de manifestação desta doença no ambiente escolar, lençóis e toalhas devem ser lavados todos os dias (devolver para os familiares diariamente).
  • Guardar as roupas dos alunos, toalhas e produtos de higiene identificados e separados.
  • Evitar o uso de fantasias diretamente sobre a pele, especialmente em crianças com lesões e mantê-las limpas.

Sobre as autoras:

Sarampo o que a escola precisa saber

Maíra Bassi Strufaldi Balthazar
Parceira Técnica e Facilitadora de Formação

Letícia Spina Tapia
Coordenadora de Formação
Responsável Nacional pelo Programa Escola Segura


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Referências

  • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vacina contra Sarampo é segura e salva vidas. Blog da Saúde. Disponível em: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/53763-vacina-contra-sarampo-e-segura-e-salva-vidas. Acesso em: 23/05/19.
  • DRAUZIO VARELLA. Sarampo. Disponível em: drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sarampo/. Acesso em: 23/05/19.
  • DRAUZIO VARELLA. Queda da cobertura vacinal contra sarampo evidencia falhas na política de saúde. Disponível em: drauziovarella.uol.com.br/infectologia/queda-da-cobertura-vacinal-contra-sarampo-evidencia-falhas-na-politica-de-saude/. Acesso em: 23/05/19.
  • FIOCRUZ- FUNDAÇÃO OAWALDO CRUZ. Sarampo de volta ao mapa. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/sarampo-de-volta-ao-mapa. Acesso em: 23/05/2019.
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  • ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Sarampo. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5633:folha-informativa-sarampo&Itemid=1060. Acesso em: 23/05/19.
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